sábado, 20 de março de 2010

DEVEMOS FLORESCER ONDE FOMOS PLANTADOS


Cada um permaneça na profissão em que foi chamado por Deus.
Eras escravo, quando Deus te chamou? Não te preocupes disto. Mesmo que possas tornar-te livre, antes cuida de aproveitar melhor o teu chamamento
."
I Cor 7, 20

A vida de cada um segue na direção na qual cada um acredita. Os dons são recebidos por todos, porém nem sempre são exercidos como profissão ou dispostos ao serviço para o outro.
A necessidade contemporânea tem transformado os artistas de Deus em meros produtores de riquezas, provedores de um ciclo material sem limites em quantidade, mas, embora ignorado, finito no tempo; representando o motivo de muitas frustrações vividas e corrompendo o amor que foi plantado nos seus corações. E a profissão, que seria o meio mais importante para se exercer esses dons, tornou-se circunstancial porque o que importa é a renda renda financeira auferida e não a satisfação do bom serviço oferecido.
Mas, assim vivemos: surdos... mudos... cegos... Sim, inválidos por não querer ouvir... falar e enxergar.
Assim ficamos enquanto desprezamos os sinais que Deus nos envia insistentemente, pedindo e esperando que ouçamos para receber a “vida em abundância” que Ele nos preparou.
Ele nos chama para um banquete que tem como convite a compreensão e o discernimento, ou seja, o uso da sua própria sabedoria.
Compreender que a vida em abundância e o banquete estão e sempre estiveram dentro de nós mesmos e que nada que buscamos externamente satisfaz a nossa verdadeira necessidade para viver o que chamamos felicidade... discernir as mensagens verdadeiras que foram espalhadas pelo nosso Pai querido, mas que estão em meio a tantas outras falsas mensagens, nos dá o caminho. Porque a vida é uma dádiva.
E isso tudo é gratuito, Ele não nos cobra o convite, só convida e espera que aceitemos. Talvez por isso mesmo é que ficamos tanto tempo sem dar atenção ao divino chamado, porque não estamos acostumados a receber coisas preciosas sem ter que pagar o preço por elas. Mas, quando aprendemos a ouvir, falar e enxergar o que há de verdade, passamos também a aceitar e nos sentir merecedores deste amor gratuito além de descobrir o maravilhoso paradoxo que move esta vida que encanta. Descobrimos que o sabor do banquete só é percebido quando oferecemos das delícias que estão dentro de nós ao outro... que a abundância de vida transborda quando oferecemos da vida que temos em nossos corações.
Assim, descobrimos também que não é necessário abandonar ou mudar de profissão para exercer os dons que estão guardados, podemos sim, florescer onde fomos plantados, ou seja, podemos continuar vivendo na mesma família, na mesma profissão, tendo os mesmos amigos e na mesma rotina, basta mudar a forma como ouvimos, como falamos ou como enxergamos.
O chamado de Deus é para uma mudança interna, uma simples conscientização de tudo o que estamos acostumados a sentir e que ainda não estão baseados na verdade. Mas, que, quando compreendido, tudo muda.
Nosso querido Francisco viveu isso profundamente. Apesar do que vimos da sua história, do que ocorreu externamente a ele, da passagem da vida confortável à austera e feliz simplicidade, da “matéria” ao “espírito” e a tantas outras, foram todos reflexos da sua mudança interna.
Vê-se que Francisco não mudou de cidade, de amigos ou de família, algumas pessoas se afastaram dele, mas por opção delas; ele não mudou sequer de profissão, porque, mesmo enquanto não tinha ainda a consciência convertida para a pobreza, seu trabalho era vestir o outro com os tecidos que vendia. Mas a sua mudança interna foi devastadora quando ouviu. O chamado de Deus tocou-lhe o peito feito um furacão, transformando, em um imenso campo arado, a sua terra que antes invadida por pragas, transpondo pronto para um novo plantio.
Sejamos os artistas de Deus, criemos obras de arte e coloquemos a assinatura do nosso Pai num canto visível, mas façamos... se não na profissão, então nos encontros que temos enquanto a exercemos... ou no convívio da família... entre os amigos. Não importa em que meio, dispor os dons a serviço do outro é aceitar o convite para participar de um belo banquete e assim, aceitar viver em abundância.
Acredite!
Nunes

Um comentário:

  1. Passei 2 anos da minha vida buscando um pão com queijo do Pe Léo.
    Agora eu quero mais desfrutar do banquete que Deus tem reservado para mim.
    Pelo Batismo ele me consagrou.
    Vou perseguir tudo aquilo que Deus já escolheu para mim.
    Ele me criou para ser Feliz.
    Acreditamos. Le e Le

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