sábado, 20 de março de 2010

ESPINHO NA CARNE


O Apóstolo Paulo foi um escolhido que entregou sua vida à igreja de Cristo.
Sua história revela uma drástica conversão: - de dizimador de Cristãos, Paulo transformou-se num dos mais importantes apóstolos do Evangelho e, conseqüentemente, de perseguidor a perseguido. Sofreu na própria carne esta conversão, pois quando decidiu se entregar a pregar o Evangelho, assumiu a continuação das tribulações de Cristo, tendo sido apedrejado, humilhado e foi, por cinco vezes, açoitado pela pena das quarenta, menos uma, chibatadas... algo que poucas pessoas suportariam.
Não se sabe exatamente o que representa o termo “espinho na carne” porque não há explicação nas escrituras sagradas acerca disso, somente diversas especulações.
Diz-se tratar de uma enfermidade na visão, dificuldade em falar, uma forma de paralisia, depressão ou epilepsia. Há quem afirme que esta expressão representa a aflição pelo trato com seus inimigos ou visitação de demônios, já que o Apóstolo ilustra os “espinhos” com o termo: “mensageiros de Satanás a me esbofetear”.
Se o “espinho” representa qualquer uma das hipóteses especulativas acima, muito mais dolorosos foram os martírios que Paulo sofreu na pregação do Evangelho... o que seria então este “espinho”?
Porém, decifrar o termo não se faz essencial enquanto que o próprio Paulo reconhece que o sofrimento o faz humilde e que a resposta de Deus satisfaz... “Basta-te a minha graça”... e assim, gloriou-se nas suas fraquezas permitindo que o poder de Cristo repousasse sobre ele.
Para um homem que viveu conversão tão intensa como a de Paulo talvez seja forte também a tendência a se gloriar diante das revelações que recebia do Senhor, tanto que disputou dons com os outros apóstolos, o que o levaria à tentação da soberba.
Glórias... somente a Cristo... esta foi a resposta que recebeu e concebeu.
A sabedoria de Deus nos mostra que o “espinho na carne” de Paulo foi necessário para que sua palavra chegasse pura aos nossos corações, motivo este que devemos também suportar os nossos “espinhos” com paciência, alegria e fé.
Nunes

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